
A mesma autoconfiança que tem na vida pessoal, o personagem tem também no setor profissional. Até que uma terrível tragédia acontece. Um dos helicópteros desenvolvidos por ele sofre uma queda em um acidente que gera vítimas fatais. Tudo é uma armação para acabar com a vida daquele homem bem-sucedido. A partir daí, o engenheiro passa a ser uma espécie de reconstrutor de sonhos: quer dar andamento a cada um dos projetos que eram tocados pelos mortos. “Porque ele se sente culpado e acha que é sua obrigação concretizar os planos que as pessoas não puderam finalizar”, explica Edson.
Uma das vítimas é sua vizinha Sônia, interpretada por Christiane Torloni. Ela estava montando uma clínica de estética quando o acidente aconteceu e ainda por cima deixou órfãos dois filhos pequenos. “O Guilherme é obrigado a tocar um negócio sobre o qual não entende nada e ainda tem de cuidar das duas crianças”, antecipa Edson. Aficionado por novas tecnologias, o personagem chega a ficar desesperado quando vê os capetinhas fuçando em tudo e apertando todos os botões dos seus aparelhos de última geração.
É no meio de toda essa confusão que o arrasador de corações vai encontrar o verdadeiro amor. Joana, personagem de Regiane Alves, é uma dermatologista que está à procura da mãe que a abandonou ainda criança. Ao descobrir que é filha de Sônia, bate na porta da casa da falecida e, a partir daí, começa uma história de encontros e desencontros entre o engenheiro aeronáutico trapalhão e a médica. “Estou me entendendo muito bem com a Regiane. É a primeira vez que contracenamos”, lembra Edson.
Para incorporar o personagem, o ator conta que tem se baseado no texto da autora e na direção atenciosa de Rogério Gomes, o Papinha. Mas o universo dos transportes aéreos não é algo completamente novo para o ator que, em 1984, deu vida ao piloto de helicóptero Tomaz em Amor com amor se paga. Tranqüilo nesse retorno ao horário das sete, Edson admite que o fato de não ter o compromisso de ser o grande figurão da novela das oito deixa o dia-a-dia de trabalho mais agradável. “A gente fica mais à vontade para encarar a rotina de gravações”, confirma.
Edson também já estava com saudades de fazer comédia e acredita que Beleza pura vai ser uma ótima oportunidade de voltar a explorar esse gênero. “Tenho que aprender a trabalhar a agilidade, porque o Guilherme vai ser obrigado a lidar com cinco coisas ao mesmo tempo”, afirma o ator que, ao descrever o personagem, não nega que ele seja um galã, mas “humanizado, desconstruído e de cabelo desgrenhado”.
fonte: Correio da Bahia
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